quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A França em torno do umbigo

Para nossos leitores teremos agora uma novidade, semanalmente será publicada uma Cronica do escritor Daniel Carriello, esta parceria se deu graças ao relacionamento da Viagem com Estilo e a Boulevard Paris.
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A França em torno do umbigo


Eu sou o Daniel, moro em Paris. Paris fica na França. A França é o país da Torre Eiffel. A Torre Eiffel foi construída para a exposição universal de 1889. A exposição universal de 1889 foi feita em homenagem aos 100 anos da queda da Bastilha. A Bastilha era uma prisão que foi destruída na Revolução Francesa. A Revolução Francesa foi quando os parisienses tomaram gosto pela trilogia de liberdade, igualdade e fraternidade e também pela decapitação real. Na decapitação real, dançaram feio o Rei Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta. Maria Antonieta foi aquela que falou ao povo: “Já que não há pão, comam brioches”. O brioche nasceu na região da Normandia. A Normandia tem ótimos crepes e foi o local do desembarque das tropas aliadas, decisivo para o fim da II Guerra Mundial. Na II Guerra Mundial, a França do Marechal Pétain colaborou com o bigodudo Hitler e os alemães. Os alemães disputaram e perderam para os franceses, no século XIX, o controle de Estrasburgo. Em Estrasburgo moraram Mozart, Pasteur, Gutemberg e Calvino, este um dos líderes da reforma da igreja católica. A igreja católica é aquela que fala sobre desprendimento, mas nunca deixou de cobrar o dízimo. O dízimo também era exigido por muitos reis da antiguidade. A antiguidade é um tempo que passou há muito tempo. O tempo, dizia o francês Nostradamus, é apenas a decomposição da matéria. Entre as matérias da escola, eu detestava biologia vegetal, mas adorava geometria. A geometria deve muito a René
Descartes, um dos pais da 1iloso1ia moderna. A modernidade é um tempo que ainda está passando. Quem passa as roupas na casa dos meus pais é a dona Evandete, toda quinta-feira. Quinta-feira em francês se diz jeudi, que signi1ica “dia de Júpiter”, em latim. O latim é a língua que deu origem, entre outros, ao português, ao espanhol, ao romeno, ao catalão, ao francês e ao italiano. Franceses e italianos não se cansam de se agredir mutuamente. Uma agressão recente foi a cabeçada de Zidane no zagueiro Materazzi. Materazzi foi um dos destaques da seleção italiana campeã de 2006. Dois mil e seis foi o ano do rato. O francês Blek, o Rato, usa estêncil para fazer incríveis gra1ites na rua. A rua é o lado de fora da casa. Minha casa é um apartamento, mas antes era um “apertamento”. Um “apertamento” é uma piada sem graça. Outra piada sem graça é a do “não, nem eu”. Eu sou o Daniel, moro em Paris.

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Daniel CarielloDaniel Cariello nasceu em Brasília, em 1974. Em 2007, mudou-se para Paris. Na capital francesa, foi editor-chefe da revista bilíngue Brazuca, sobre cultura brasileira, e criou o site Chéri à Paris, onde publicou crônicas sobre as desventuras de um brasileiro na terra do fromage. De volta ao Brasil, tornou-se cronista da Veja Brasília. Seus textos podem ser encontrados quinzenalmente na última página da publicação. Em 2013, Chéri à Paris virou livro, à venda no site do autor e na loja Amazon.  

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